Abro os olhos, inspiro e expiro, olho para o meu peito, vejo rachas, sinto o oxigénio a escapar-se por entre as rachas, não consigo respirar, olho um pouco para a esquerda e vejo um buraco, "'Este buraco é do quê?" pergunto-me. Sinto o meu sangue a escorrer lentamente pelo peito, como se a minha vida me estivesse a sair por este buraquinho que tenho peito feito por não sei bem o quê. Olho para a esquerda e penso para mim admirado, "Alcatrão..?", sim, é mesmo alcatrão, e o mundo também está horizontal, apercebo-me de que estou deitado, e cheira a queimado. Sento-me e vejo à minha frente um vilhueta preta, vejo fumo a sair da mão direita da silhueta, não, não é da mão dela, mas do que ela está a segurar. Tento abrir a boca para dizer 'Porquê?', mas caio para trás, enquanto vejo a silhueta a virar costas e a jogar a arma para o chão, oiço os passos da pessoa a ir embora à medida que eu continuo a cair. Sinto a cabeça a latejar após a queda, olho para a direita e vejo uma coisa que é familiar, a arma que a silhueta tinha na mão, mas a arma não me é familiar por causa disso, é-me familiar porque fui que dei a arma à silhueta. Parece que finalmente lhe deu uso... infelizmente. Começo a tossir por não conseguir conter oxigénio nenhum, sinto a vida a escapar-me por entre os folegos falhados, sinto as rachas a aumentarem, a visão começa a ficar esborratada até que vejo uma luz forte e uma silhueta no meio dela "Ajuda-me" eu penso, "Claro que ajudo", diz a silhueta, "Vamos lá tratar então do que aí tens". Sinto as rachas a desaparecerem, e o buraco fechou, mas um circulo preto ficou no lugar do buraco feito pela bala, "Sarou um pouco, mas esta ferida irá levar muito tempo a sarar, por isso tem paciência e calma" diz-me a silhueta, "Prometes-me que não vais embora?" pergunto, "Não prometo nada, mas vou fazer os possiveis para não ir, desde que tu também faças os possiveis." disse a silhueta, "Prometo."
Here's the gun, please don't shoot me.
É pena quando nos vimos obrigados a precisar de momentos mais bruscos e assustadores para vermos quem realmente nos faz bem. E é mais penoso ainda, deixar-mo-nos levar por pequenos momentos que, mais tarde, destroem os maiores - os grandes. E com eles levam Quem, afinal, tratava de nós pelo escuro, sem querer sobressair.
ResponderEliminarConcordo com o que a Mia disse, só assim é que vemos quem realmente preocupa-se connosco, e gosta de nós...
ResponderEliminarP.S: epá podias ter aproveitado o sangue que saiu para beberes um glass of blood ahahahah joking xDD